Um estudo genômico identificou pela primeira vez 15 regiões do genoma que parecem estar ligadas a depressão em descendentes de europeus. Os resultados da pesquisa foram publicados nesta terça-feira, 2, na revista científica Nature Genetics.
“Identificar genes que afetam o risco de desenvolver uma doença é o primeiro passo para compreender a biologia da própria doença, revelando os alvos que precisamos para desenvolver novos tratamentos”, disse um dos autores do estudo, Roy Perlis, do Hospital Geral de Massachusetts (Estados Unidos).
“De maneira mais geral, encontrar os genes associados com a depressão poderá nos ajudar a esclarecer que se trata de uma doença cerebral, que esperamos que vá reduzir o estigma ao qual esse tipo de doença ainda é associada”, afirmou Perlis.
“Os modelos com base em neurotransmissores que estamos usando para tratar a depressão já têm mais de 40 anos e nós realmente precisamos de novos alvos para tratamento. Esperamos que a descoberta desses genes nos indique os caminhos para novas estratégias de tratamento”, disse Perlis.
Os pacientes que sofrem de depressão são vítimas de avaliações erradas por parte da sociedade, que os quer fazer acreditar que sofrem de um mal espiritual, ou que estão com algum tipo de “frescura”, e é comum reclamarem de hostilidades por parte dos familiares e amigos, que não conseguem perceber as origens das variações drásticas de humor. A depressão deve ser vista como uma doença e cujo tratamento passa por terapia e medicação, devemos orientar essas pessoas para que busquem tratamento médico o mais rápido possível, já que a depressão em estágios mais avançados pode levar ao suicídio.
Fonte: Revista Exame