Novidades no tratamento da depressão

A depressão é um doença que atinge cerca de 38 milhões de pessoas no país, e segundo projeções deve ter um aumento significativo nos próximos anos. O uso de novidades no tratamento ainda é tímido, e em se tratando de SUS, a busca pela resolução é quase que exclusivamente feito com medicamentos, e usados de maneira pouco racional. Vamos falar um pouco sobre depressão e depois sobre novidades que ajudam e muito na melhora do quadro.

O que é depressão?

A depressão é um quadro de tristeza duradoura e profunda, sem uma causa específica, é diferente da tristeza em si, que é comum, passageira e tem causas definidas.

A tristeza nos depressivos é diferente, e vem acompanhada de outros sintomas, como alteração no apetite, falta de prazer nas atividades, problemas de sono (insônia), dificuldade de se concentrar, cansaço físico, lentidão mental(em alguns casos, agitação mental), pensamentos pessimistas(que podem levar a pesadelos). Esses sintomas são muito comuns e podem acontecer com pessoas saudáveis, e por isso é difícil o diagnóstico. A confirmação só pode ser feita pelo médico especialista, e o tratamento deve ser medicamentoso e com auxilio de psicólogos.

As novidades no tratamento da depressão, visam atenuar alguns sintomas e melhorar a qualidade de vida, e devem ser adequados a cada paciente, são eles:

Aprender a dormir: antes se acreditava que os antidepressivos ajudariam nos problemas de insônia, mas hoje se sabe que eles não interferem nisso quando o problema está no mau hábito de sono do paciente, sendo necessário fazer uma reeducação nos hábitos de dormir.

Uma pesquisa divulgada em 2006 na Reunião Anual das Sociedades do Sono (APSS), em Denver, que avaliou quase 2 mil homens e mulheres, mostrou que insones têm risco 11 vezes maior de desenvolver depressão dentro de seis meses e mais risco de continuar doentes após um ano. A conclusão foi que o tratamento da insônia pode auxiliar na recuperação da depressão.

Uso de cetamina: quarenta minutos é o tempo médio que a cetamina, ou quetamina, leva para aliviar os sintomas de pessoas com depressão crônica com resistência aos antidepressivos comercializados atualmente – que demoram, em média, mais de duas semanas para fazer efeito.

Estimulação Cerebral Profunda (DBS): na estimulação cerebral profunda (DBS) são colocados dois eletrodos no cérebro, ligados por fios a uma bateria implantada no tórax, que envia a eles impulsos elétricos para estimular a produção de neurotransmissores relacionados à melhora do humor.

Estimulação Magnética Transcraniana (EMT): reconhecida para tratamento de depressão pelo Conselho Federal de medicina (CFM) em 2012, a técnica de estimulação magnética transcraniana (EMT), são ondas eletromagnéticas que aplicadas sobre o cérebro com o objetivo de modular o funcionamento de regiões que operam de forma alterada em pessoas com transtornos neuropesquiátricos. A EMT pode ajudar pacientes que não respondem ao tratamento medicamentoso, acelerar a resposta a ele ou mesmo ser uma alternativa pra aqueles que não toleram os efeitos colaterais dos antidepressivos ou têm contraindicação a esses medicamentos.

Cuide do seu coração: estudos voltados para a relação “mente-coração” ainda são poucos e recentes, mas já se sabe que transtornos de humor dobram as chances de uma pessoa sofrer ataques cardíacos. A atividade física previne o estresse oxidativo no meio intracelular, um marcador biológico em comum de doenças cardiovasculares e de transtornos do humor.
Psicoterapia e meditação: segundo o psicólogo Zindel Segal, professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Toronto, o cérebro de pessoas com depressão está “habituado” a processos cognitivos que desencadeiam o problema, como pensamentos depreciativos sobre si mesmas. A meditação ajuda o paciente a se conscientizar de emoções, fantasias, lembranças e situações que passam por sua mente consciente, aceitando-as.
“Os efeitos positivos da meditação para a saúde se baseiam em uma modificação da atividade cerebral. A ideia é que a pessoa comece a identificar seus processos automáticos e, por meio da reflexão, possa alterá-los”, diz Segal.

Ácido Fólico, a vitamina do bem-estar: uma revisão de 11 estudos por pesquisadores da Universidade de York, no Reino Unido, envolvendo mais de 15 mil pessoas no total, aponta que a depressão está associada a níveis mais baixos de ácido fólico, ou vitamina B9, no sangue. Existem também estudos que apontam, por exemplo, que a depressão e o distúrbio bipolar se manifestam com mais frequência em pessoas que haviam consumido menos ômega-3.

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O tratamento correto deve ser Medicamentoso e psicológico

O equilíbrio entre corpo e mente são objetivos de vida para todos, e o resultado dessa busca é a saúde e a felicidade, não deixe de aproveitar o fim de semana com a família, e se divertir.

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